A Volkswagen do Brasil anunciou uma grande mudança. A partir de 2026, todos os novos carros desenvolvidos e produzidos pela marca na América do Sul terão versões eletrificadas. Além disso, o plano inclui todas as tecnologias híbridas disponíveis, desde os híbridos leves até os híbridos plug-in.
O primeiro modelo dessa nova fase deve ser a picape Udara ou uma versão híbrida do SUV Tera, ambos com chegada prevista para 2026.
Produção nacional e nova plataforma
A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), será a responsável por produzir o primeiro carro da Volkswagen com a plataforma MQB 37 e o sistema híbrido HEV flex. O novo conjunto usará o motor turbo 1.5, que terá opções de 136 cv e 170 cv.
Por outro lado, mesmo sem confirmação oficial, é praticamente certo que as próximas gerações do T-Cross e do Nivus também receberão essa tecnologia. Antes disso, porém, a marca vai lançar um modelo com plataforma MQB 27 (MQB A0) e sistema híbrido leve flex de 48 volts, uma solução mais simples e acessível.
Parceria com o BNDES impulsiona a eletrificação
Para acelerar essa transição, a Volkswagen firmou um acordo com o BNDES. O banco liberou R$ 2,3 bilhões em crédito para financiar o desenvolvimento dos carros híbridos, além de sistemas de assistência ao condutor (ADAS), conectividade e inteligência artificial Otto.
Durante a cerimônia realizada na fábrica Anchieta, estiveram presentes Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. De acordo com a Volks, o acordo representa a união entre política industrial e investimento privado, dois pilares fundamentais da reindustrialização verde e tecnológica do país.
Investimento bilionário até 2028
O acordo faz parte de um plano de investimento de R$ 20 bilhões para a América do Sul até 2028, dos quais R$ 16 bilhões ficarão no Brasil. Com esse montante, a marca planeja lançar 17 novos veículos, sendo oito já apresentados — entre eles Tera, Taos e Nivus GTS.
Além disso, a eletrificação será o próximo passo da renovação de portfólio. A estratégia aposta exclusivamente em modelos híbridos, aproveitando o potencial dos biocombustíveis, principalmente o etanol, que oferece vantagens competitivas e reduz emissões de forma natural.
Com esse movimento, a Volkswagen quer liderar a transição energética no setor automotivo sul-americano. Por meio da tecnologia híbrida flex, da produção local e do uso inteligente do etanol, a marca busca unir eficiência, sustentabilidade e custo acessível. Dessa forma, o Brasil se consolida como um centro estratégico de inovação dentro da nova fase da indústria automotiva.
