Enquanto em outros mercados a Volkswagen Amarok já ganhou uma nova geração e se tornou praticamente uma “irmã gêmea” da Ford Ranger, aqui na América do Sul — e, claro, no Brasil — a picape média seguiu firme na mesma plataforma de 2010, recebendo apenas um facelift em 2024. Mas calma, porque essa história está prestes a mudar de forma radical.

A Volkswagen anunciou um investimento pesado de US 580 milhões 3,3 bilhões) na fábrica de General Pacheco, na Argentina, confirmando que a nova geração da Amarok chegará em 2027. Esse projeto, conhecido internamente como “Patagonia”, é fruto de uma parceria estratégica entre a montadora alemã e a chinesa SAIC, que já desenvolve veículos robustos como a Maxus T90.
E a montadora não perdeu tempo: já soltou o primeiro teaser da picape, deixando claro que teremos uma mudança de plataforma. A ideia é usar a arquitetura de chassi da Maxus T90, mas com um detalhe importante: apenas a base estrutural será aproveitada. Todo o restante — design, engenharia e acabamento — está sendo desenvolvido pelo time sul-americano, sob o comando do designer brasileiro José Carlos Pavone, que comanda o estilo da Volkswagen nas Américas.
Um Visual Mais Imponente e Moderno
Pelos esboços divulgados, a nova Amarok promete um ar mais agressivo e contemporâneo, longe do visual conservador da geração atual. A frente ganha faróis elevados e uma grade frontal iluminada, algo que lembra as picapes premium do mercado. O capô trará vincos mais marcantes e um formato abaulado, passando a sensação de robustez que os fãs de picapes adoram.
Nas laterais, as rodas de aro grande com acabamento diamantado devem ser um dos destaques, enquanto a traseira ganha lanternas em LED com um desenho mais angular. Em termos de dimensões, a nova geração deve seguir o padrão da Maxus T90, que é maior que uma Toyota Hilux, com 5,37 metros de comprimento e entre-eixos amplo, garantindo mais espaço interno.
O Que Esperar da Mecânica?
A Volkswagen ainda mantém certa discrição sobre as motorizações, mas algumas informações já vazaram. A boa notícia é que o querido V6 turbodiesel de 258 cv e 59,1 kgfm de torque deve continuar na linha. Porém, seguindo as tendências globais, a picape também ganhará opções mais acessíveis, como um 2.0 turbodiesel de quatro cilindros. Esse composto deve vir com câmbio manual de seis marchas para quem prefere dirigibilidade pura.
Outra novidade confirmada é a versão híbrida, que chega para atender às exigências de redução de emissões sem perder performance. Além disso, a tração 4×4 pode finalmente vir com um sistema sob demanda, resolvendo uma das principais críticas à geração atual.
Tecnologia a Bordo: Um Salto Geracional
Se a Amarok atual já parece defasada em termos de conectividade, a nova geração promete corrigir isso com uma cabinha muito mais tecnológica. A grande tela central, posicionada na horizontal (diferente da vertical da Ford Ranger), deve comandar o sistema multimídia com reconhecimento de voz e integração total com smartphones.
Outros detalhes que devem agradar incluem luzes de ambiente ajustáveis, botão giratório para o câmbio (nos modelos automáticos) e uma lista generosa de assistentes de direção, como frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo e assistente de permanência em faixa. Tudo para deixar a picape mais segura e confortável, seja no asfalto ou na estrada de terra.
A Bruta Está Voltando, e Vem Mais Forte
A Volkswagen claramente não quer perder espaço no competitivo mercado de picapes médias, que hoje representa mais de 20% das vendas totais no Brasil. A grande questão é: será que os fãs da Amarok atual vão se adaptar a tantas mudanças? A picape sempre foi conhecida por sua simplicidade e robustez, e agora ganha um toque mais sofisticado. Se a Volkswagen acertar no equilíbrio entre tradição e inovação, pode ter um sucesso ainda maior nas mãos.
Uma coisa é certa: a espera vai valer a pena. E você, o que acha dessa nova geração? Conta pra gente nos comentários!