A linha 2025 da picape híbrida chegou ao Brasil trazendo mudanças pontuais no visual e uma novidade importante: tração integral AWD. Além disso, o preço continua o mesmo, R$ 239.900, o que deixa o pacote ainda mais competitivo. Durante um teste no interior de São Paulo, deu para perceber que o conjunto evoluiu em vários aspectos.

O que muda na parte externa
As atualizações de estilo ficaram concentradas na dianteira. Os faróis de LED agora têm um recorte inferior que forma um desenho de bumerangue, deixando o conjunto mais marcante. A grade passou a ter função ativa para ajudar na aerodinâmica e, enquanto isso, o para-choque ganhou detalhes que reforçam a robustez. Por fim, as rodas de 19” deixam o visual bem mais equilibrado.
Primeiras impressões ao dirigir
Logo nos primeiros minutos ao volante, a condução se mostra confortável e intuitiva. A posição de dirigir é ligeiramente mais alta que a de um carro comum, mas sem exageros. Em seguida, a nova suspensão traseira multilink contribui para maior controle, principalmente em velocidades mais elevadas. A quarta percepção aparece no interior, onde os bancos são macios, têm ajuste elétrico e ajudam bastante em viagens longas.
Além disso, a picape ganhou multimídia de 13,2″ com GPS nativo, espelhamento sem fio, painel digital de 8″, carregador por indução e ar dual zone. Para completar, há som Bang & Olufsen, câmera 360° e assistente de reboque, que facilitam a vida de quem usa o carro no dia a dia.
Desempenho, consumo e nova tração AWD
O conjunto híbrido continua o mesmo, combinando motor 2.5 a gasolina (Atkinson) com propulsor elétrico, totalizando 194 cv e 210 Nm. A bateria de 1,1 kWh permanece sob o assoalho. No entanto, o câmbio eCVT recebeu nova calibração, o que deixou a entrega de força mais eficiente. Desse modo, o 0 a 100 km/h passou para 8,0 segundos, mesmo com o peso extra do sistema AWD.

A tração integral funciona sob demanda, enviando força ao eixo traseiro apenas quando precisa. Isso melhora bastante a estabilidade em pisos ruins ou molhados. Inclusive, o consumo continua sendo um dos principais atrativos, com 15,4 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada. Com o freio regenerativo e o modo de condução com um pedal, o alcance ultrapassa 800 km com facilidade.
Pontos que ainda podem melhorar
Apesar dos avanços, há espaço para evoluir. Por exemplo, saídas de ar traseiras continuam ausentes, mesmo sendo muito requisitadas por quem viaja com mais pessoas. Outro ponto é a capota marítima, que agora é item de série, mas gerou ruídos perceptíveis em velocidades mais altas. Além disso, a capacidade de carga caiu para 589 kg, ficando abaixo de algumas picapes menores. Ainda assim, a caçamba segue generosa, com 943 litros.
Equipamentos de segurança
Nesse contexto, o pacote de segurança ganhou reforços importantes. Agora há ACC com Stop & Go, frenagem automática com detecção de pedestres, frenagem pós-colisão, assistentes de faixa, monitor de ponto cego e sete airbags. Desse modo, a experiência fica mais segura tanto na cidade quanto na estrada.
Cores e pacotes
A picape não oferece opcionais, mas ganhou novas cores: Vermelho Vermont, Verde Fuji, Azul Indianápolis e Branco Space. Além disso, segue disponível a gama tradicional com Branco Ártico, Branco Itaúnas, Preto Astúrias, Cinza Torres e Cinza Glasgow.
No geral, o conjunto ficou mais completo e coerente para quem busca economia, conforto e boa dose de tecnologia. A tração AWD ampliou o uso do modelo, mas sem prejudicar o consumo. Por outro lado, quem precisa de desempenho mais forte ou encara trechos off-road com frequência ainda se encaixa melhor na versão Tremor. Ainda assim, para uso urbano, a configuração híbrida segue sendo uma das opções mais interessantes da categoria.




