Agora vai? Amarok “renasce” após vender 1 unidade em setembro

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Depois de um período praticamente simbólico nas vendas, a Volkswagen Amarok voltou a dar sinais de reação no mercado brasileiro de picapes médias. Para se ter ideia do cenário, o modelo emplacou apenas duas unidades em agosto e uma em setembro, segundo dados oficiais da Fenabrave. Ainda assim, poucos meses depois, o quadro começou a mudar.

VW Amarok / Foto: Divulgação

Em novembro, a picape fabricada na Argentina registrou 325 emplacamentos. Já em dezembro, mesmo antes do fechamento completo do mês, somava 287 unidades vendidas. Ou seja, embora esteja longe da liderança, o modelo voltou a ter presença relevante nas concessionárias.

Amarok ainda não briga com as líderes, mas há reação

É verdade que os números atuais não colocam a Amarok em condições de disputar o top 4 do segmento. Hoje, a liderança segue com folga para a Toyota Hilux, enquanto Ford Ranger e Chevrolet S10 brigam unidade a unidade pela vice-liderança. Além disso, a Mitsubishi Triton aparece consolidada na quarta posição.

Por outro lado, no chamado pelotão intermediário, a situação muda. Em dezembro, a Amarok aparece como a sexta picape média mais vendida do Brasil, ficando atrás apenas de Hilux, S10, Ranger, Triton e Fiat Titano. Logo atrás, a GWM Poer ocupa a sétima colocação, com números inferiores.

Portanto, mesmo sem disputar a ponta, a picape da Volkswagen mostra que ainda tem espaço para competir nesse nicho.

Como é a Volkswagen Amarok atualmente

A Volkswagen mantém a Amarok em produção na primeira geração lançada em 2010. No entanto, a linha 2025, apresentada em 2024, recebeu a reestilização mais profunda da história do modelo.

Externamente, a picape adotou a identidade visual mais recente da marca. Há faróis full-LED, um filete iluminado ligando os conjuntos ópticos, para-choque redesenhado, lanternas com novo arranjo interno e a inscrição “Amarok” em destaque na tampa da caçamba. As rodas podem chegar a 20 polegadas, dependendo da versão.

No interior, a base estrutural segue a mesma, mas houve evolução em materiais e equipamentos. A central multimídia passou a ter nove polegadas, surgiram airbags de cortina e sistemas de alerta de colisão frontal e saída involuntária de faixa, que utilizam a tecnologia Safer Tag, da Mobileye. Esses recursos estão presentes a partir da versão Highline.

Motor V6 segue como principal destaque

Um dos grandes trunfos da Amarok continua sendo o conjunto mecânico. A versão Extreme mantém o motor 3.0 V6 turbodiesel, que entrega 258 cv de potência e 59,1 kgfm de torque, sempre associado ao câmbio automático de oito marchas e à tração integral 4Motion.

Esse conjunto faz da Amarok uma das picapes médias mais potentes do mercado nacional. Além disso, o acerto de suspensão e direção prioriza o uso rodoviário, oferecendo bom conforto em estrada, sem abrir mão da capacidade fora de asfalto.

Capacidade de carga acima da média

Outro ponto positivo está na caçamba. A versão Extreme oferece 1.280 litros de volume e suporta até 1.104 kg de carga, números superiores aos de concorrentes diretas como Hilux SRX Plus e Ranger Limited.

Já no interior, os bancos dianteiros contam com ajustes elétricos de inclinação, distância e lombar, além de apoio manual para as pernas, reforçando a proposta de conforto.

Onde a Amarok fica devendo

Apesar dos avanços, há limitações claras. Mesmo na versão topo de linha, a picape não oferece um pacote completo de assistências avançadas ao motorista. Ficam de fora itens como monitoramento de ponto cego, frenagem autônoma de emergência e controle de cruzeiro adaptativo, presentes em várias rivais.

Ainda assim, a reestilização trouxe um ganho importante. A garantia, que antes era de três anos, passou a ser de cinco anos em toda a linha.

Quais versões da Amarok são vendidas hoje

Amarok Comfortline 2026
É a versão de entrada, mas já traz o motor V6. Entre os destaques estão seis airbags, rodas de 17 polegadas, bancos com ajustes elétricos, multimídia de nove polegadas com Android Auto e Apple CarPlay e câmera de ré.

Amarok Highline 2026
Adiciona mais conforto e tecnologia, como rodas de 19 polegadas, ar-condicionado digital de duas zonas, bancos parcialmente em couro, Safer Tag, bloqueio mecânico do diferencial traseiro e retrovisores com rebatimento elétrico.

Amarok Extreme 2026
É a opção topo de linha convencional. Reúne todo o pacote da Highline, com visual exclusivo, acabamento mais refinado e mais equipamentos. O preço sugerido é de R$ 387.990.

E a nova geração da Amarok

A Volkswagen já confirmou que a nova geração da Amarok será produzida na Argentina a partir de 2027. O anúncio faz parte de um investimento de US$ 580 milhões entre 2025 e 2029, voltado à modernização da fábrica de General Pacheco.

O modelo terá visual totalmente novo, com linhas mais retas, faróis em LED conectados por faixa luminosa e postura mais robusta. Além disso, a marca não descarta algum nível de eletrificação, reforçando a ideia de um projeto mais moderno.

Até lá, a Amarok V6 segue em linha na América Latina, tentando recuperar espaço em um dos segmentos mais disputados do mercado brasileiro.

Vale dizer, afinal, agora vai?

Os números recentes mostram que a Amarok voltou ao jogo, mesmo que ainda distante das líderes. Com motor forte, bom nível de conforto e capacidade de carga acima da média, a picape segue atraente para um público específico.