Quando falamos de SUVs grandes, robustos e prontos para todo tipo de uso, dois modelos se destacam no cenário internacional: Ford Everest e Toyota SW4. No Brasil, apenas o SW4 é vendido oficialmente, enquanto o Everest ainda não chegou ao país. Porém, nos mercados vizinhos — como a Argentina — e em grande parte da Ásia e Oceania, eles disputam diretamente o mesmo público. E é por isso que esse comparativo é tão relevante.

Design exterior: modernidade do Everest x tradição do SW4
O Ford Everest impressiona logo de cara. Visto de frente, ele é praticamente idêntico à Ford Ranger:
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Grade cromada
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Faróis full-LED em formato “C” com luzes diurnas
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Faróis de neblina
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Linhas robustas e imponentes
Na traseira, o SUV traz lanternas em LED, ganchos de reboque e um visual bem musculoso. Nas laterais, aparecem os retrovisores com rebatimento elétrico, maçanetas cromadas, contorno cromado dos vidros, barras de teto, estribos laterais e rodas aro 20 com pneus 255/55 R20.
O Toyota SW4 mantém seu design tradicional: robusto, conservador, reconhecível e muito alinhado à imagem de durabilidade da Toyota. Ele não tem o frescor visual do Everest, mas transmite confiança.
Interior e tecnologia: Everest eleva o nível
O Ford Everest, fabricado na Tailândia, se destaca pelo acabamento caprichado, pela sensação premium e pela quantidade de equipamentos. Na cabine há:
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Teto solar
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Volante multifuncional revestido em couro, com ajuste de altura e profundidade
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Bancos dianteiros aquecidos e com ajustes elétricos
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Revestimento em couro também na alavanca de câmbio
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Terceira fila com rebatimento elétrico
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Ar-condicionado digital de duas zonas, com saídas para as três fileiras
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Vidros elétricos um toque
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Porta-luvas refrigerado
A experiência interna é moderna, confortável e extremamente completa.
O SW4 oferece boa construção, versões de sete lugares e materiais duráveis. Porém, o conjunto não entrega o mesmo nível de modernidade, integração digital e refinamento do Everest.
Espaço interno e versatilidade: Everest domina
A Ford caprichou no espaço:
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898 litros de porta-malas com cinco lugares em uso
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259 litros com os sete assentos ocupados
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1.823 litros com a segunda e a terceira fileira rebatidas
É um dos SUVs mais versáteis da categoria.
O Toyota SW4 também oferece sete lugares, mas suas capacidades internas são mais contidas e tradicionais.
Motores e desempenho: comparando força e modernidade
Ford Everest
A nova geração estreia com:
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Motor 2.3 EcoBoost turbo, 4 cilindros
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300 cv
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45,5 mkgf de torque
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Câmbio automático de 10 marchas (o mesmo do Mustang e da Ranger topo de linha)
Esse conjunto entrega respostas rápidas, suavidade, força e uma condução mais refinada e moderna no uso diário.
Toyota SW4
A linha atual brasileira traz duas opções de motorização:
• Motor 2.7 flex – 163 cv
É uma opção mais simples, econômica e voltada para quem busca um SW4 de entrada, sem foco em performance pesada.
• Motor 2.8 turbodiesel – 204 cv e 50,9 kgfm
Esse motor é o grande destaque do SW4. As versões mais recentes passaram por atualização para atender normas de emissões, mantendo exatamente o mesmo desempenho:
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204 cv
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50,9 kgfm de torque
O comportamento é bruto, resistente e muito confiável. No off-road, o SW4 continua sendo referência.
Manutenção, pós-venda e valorização
No Brasil, o SW4 é imbatível. Ele oferece:
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Pós-venda excelente
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Peças fáceis e acessíveis
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Confiabilidade lendária
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Uma das menores desvalorizações do país
O Everest da Ford, por ainda não estar à venda aqui, não possui histórico local. Essa falta de referência pesa na decisão racional, mesmo que o SUV seja superior tecnicamente.
Afinal, qual dos dois é mais carro?
O duelo entre Ford Everest e Toyota SW4 mostra duas filosofias bem diferentes:
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O Ford Everest oferece mais modernidade, mais espaço, mais tecnologia, cabine mais refinada e uma mecânica mais avançada.
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O Toyota SW4 entrega mais robustez, confiabilidade, pós-venda imbatível, menor desvalorização e motores consagrados, especialmente o 2.8 turbodiesel.
No fim:
O Everest é o mais moderno.
O SW4 é o mais confiável.
Se o Everest chegar ao Brasil — e tudo indica que isso é possível — o segmento de SUVs grandes finalmente terá um rival à altura do SW4. E quem ganha com isso é o consumidor.