E agora Hilux? Kia Tasman se aproxima ainda mais do Brasil

A Kia Tasman, primeira picape média da marca sul-coreana, fez sua estreia oficial na América Latina em um evento regional em Santiago, no Chile. A novidade marca a entrada da fabricante em um dos segmentos mais competitivos do mercado, onde já atuam rivais como Toyota Hilux e Ford Ranger.

Foto: Kia

Dimensões e capacidades

O modelo será oferecido em versões de cabine simples e dupla, sempre com tração 4×4 e bloqueio de diferencial eletrônico. Além disso, a lista de equipamentos inclui alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo.

Foto: Kia

Nas medidas, a Tasman alcança 5,41 m de comprimento, 1,93 m de largura, 1,89 m de altura e 3,27 m de entre-eixos. O vão livre parte de 252 mm, mas chega a 300 mm na versão X-Pro, equipada de fábrica com pneus off-road.

Foto: Kia

A caçamba da cabine dupla mede 1,51 m de comprimento, 1,57 m de largura e 54 cm de profundidade, acomodando até 1.145 kg de carga. Além disso, a picape oferece capacidade de reboque de 3.500 kg e carga útil entre 1.000 e 1.190 kg, números que reforçam seu perfil de trabalho pesado.

Foco em diferentes públicos

Durante o lançamento, Sebastián Sicardi, presidente da Kia na Argentina, explicou que a picape representa um passo importante para a marca na região. Ele destacou que a Tasman não busca copiar concorrentes, mas sim oferecer dimensões maiores, mais espaço interno e acabamento diferenciado.

Foto: Kia

Segundo o executivo, a estratégia é atender públicos distintos. De um lado, as versões mais simples priorizam quem precisa de um veículo de trabalho. Por outro, as configurações completas miram consumidores que desejam unir utilidade e lazer.

Situação no Brasil

No Brasil, o cenário muda um pouco. A operação da Kia é conduzida pelo importador José Luiz Gandini, responsável pela marca desde os anos 1990, o que pode alterar o ritmo de lançamentos e a estratégia comercial.

Mesmo assim, Gandini já manifestou interesse em trazer a picape. A versão escolhida usará o motor 2.2 turbodiesel CRDi de 210 cv e 45 kgfm. Em suas palavras, “tem que ser diesel, o produtor rural não quer outro tipo de produto”.

Foto: Kia

Além disso, existe a possibilidade de produção no Uruguai, na planta da Nordex, onde o Bongo já é montado desde 2009. Esse movimento reduziria custos logísticos e eliminaria impostos de importação no Mercosul. Com isso, a Tasman poderia chegar ao país com preços mais competitivos, aumentando suas chances de disputar espaço com rivais tradicionais.

Flagrante no país

A Kia já realiza testes locais. Em maio, a picape apareceu sem disfarces em um condomínio, identificada apenas pelas placas verdes de homologação. O flagra reforça que a marca avalia de perto a chegada do modelo ao mercado brasileiro.

Portanto, a Kia Tasman chega à América Latina com a missão de abrir novas portas para a marca em um segmento estratégico. Com medidas robustas, motor diesel, versões voltadas tanto ao trabalho quanto ao lazer e possibilidade de produção no Mercosul, a picape pode se tornar um nome relevante entre consumidores brasileiros. Ou seja, agora, o futuro depende da estratégia local e da viabilidade de produção regional.

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