Outlander PHEV X Tank 300: Quem tem mais potencial para decolar no Brasil?

O mercado brasileiro de SUVs híbridos está esquentando de vez. A chegada de modelos como o Mitsubishi Outlander PHEV e o GWM Tank 300 mostra que a eletrificação já é uma realidade por aqui — com opções cada vez mais tecnológicas e capazes fora do asfalto.

Mitsubishi Outlander PHEV
Mitsubishi Outlander PHEV

Ambos são híbridos com tração nas quatro rodas. No entanto, trazem propostas diferentes. Enquanto o Outlander aposta na tradição da Mitsubishi com foco no conforto e espaço, o Tank 300 chega com pegada off-road e um pacote mais robusto. A seguir, um comparativo completo entre os dois para ajudar quem está em dúvida.

Potência e desempenho: vantagem para o GWM

O Outlander combina um motor 2.4 a gasolina de 134 cv com dois motores elétricos, gerando 302 cv e 45 kgfm de torque. A tração integral fica por conta do sistema S-AWC, voltado para estabilidade em pisos escorregadios.

Por outro lado, o Tank 300 oferece um conjunto bem mais forte. Seu motor 2.0 turbo a gasolina, junto com o propulsor elétrico dianteiro, entrega 394 cv de potência e impressionantes 76,4 kgfm de torque. A tração 4×4 é gerenciada por câmbio automático de 9 marchas, o que garante aceleração de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos.

Autonomia e bateria: GWM vai mais longe

Em relação à autonomia elétrica, o Outlander permite rodar até 86 km no modo 100% elétrico, graças à bateria de 22,7 kWh, segundo o padrão WLTP.

GWM Tank 300

Enquanto isso, o Tank 300 se destaca com uma bateria NMC de 37 kWh, que oferece até 100 km de autonomia. Além disso, traz carregamento rápido de até 50 kW, com recarga completa em menos de uma hora. Já no modo lento, a potência é de 6,6 kW. O Outlander ainda não teve os dados de recarga divulgados oficialmente no Brasil, o que pode indicar uma limitação nesse ponto.

Tecnologia e equipamentos: GWM tem mais recursos

No quesito tecnologia, o Outlander aposta em um visual moderno com a linguagem “Dynamic Shield”. Conta com painel digital de 12”, central multimídia de 9,6” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, som com 10 alto-falantes e até banco com função massageadora na versão topo.

Já o Tank 300 surpreende pela ousadia. Ele traz um painel com duas telas integradas de 24,6”, acabamento interno robusto, som com 13 alto-falantes, além de isolamento acústico com cancelamento de ruído ativo. Outro diferencial é o aplicativo My GWM, que permite controlar funções remotamente. O pacote ADAS também é mais avançado, com piloto automático adaptativo, câmeras 360° e alerta de ponto cego.

Medidas e espaço: Tank é maior, Outlander leva sete

Ambos são grandes, mas o Tank 300 leva vantagem nas medidas: 4,76 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,90 m de altura, com 2,75 m de entre-eixos. Além disso, seu vão livre de 22 cm e os ângulos de entrada e saída (32° e 33°, respectivamente) reforçam o foco no off-road.

GWM Tank 300

Em comparação, o Outlander mede 4,71 m de comprimento, 1,86 m de largura e 1,74 m de altura, com entre-eixos de 2,70 m. Apesar de ser menor, ele é o único da dupla com capacidade para sete passageiros, o que pode fazer diferença para famílias maiores. Seu porta-malas oferece 478 litros em mercados internacionais, embora esse número ainda não tenha sido confirmado por aqui.

Preço e posicionamento: chinês é R$ 37 mil mais barato

A Mitsubishi deve posicionar o Outlander PHEV entre R$ 370 mil e R$ 400 mil, dependendo da versão. A previsão é de lançamento nas próximas semanas, com base em fontes ligadas à rede.

Por sua vez, o Tank 300 chega em versão única por R$ 333 mil, incluindo cinco anos de garantia, recompra garantida e até 30 acessórios opcionais. Ou seja, o modelo da GWM entrega mais por menos.

Qual vale mais a pena?

Tudo depende do que o consumidor procura. O Outlander PHEV entrega espaço para sete, um bom nível de conforto, um visual moderno e a confiabilidade de uma marca consolidada. É uma escolha mais tradicional, voltada para famílias e uso urbano.

Por outro lado, o Tank 300 oferece mais potência, mais autonomia elétrica, um pacote tecnológico superior e um conjunto mecânico preparado para trilhas. Além disso, é mais barato, o que pesa bastante na decisão.

Portanto, se a ideia é unir eletrificação, desempenho e uso fora de estrada, o Tank 300 parece ter mais potencial para decolar no Brasil. Já quem valoriza conforto e tradição, pode se sentir mais à vontade no Outlander.

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