A Alfa Romeo nunca foi um sucesso de vendas no Brasil. Mesmo assim, os poucos carros que a marca trouxe ainda despertam paixões entre alguns fãs. Agora, esse passado pode virar futuro. O SUV compacto Alfa Romeo Junior foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e reacendeu os rumores sobre o retorno da fabricante ao país.

O que sabemos até agora
A Stellantis ainda não confirmou a chegada do modelo, mas a estratégia faria sentido. Hoje, os SUVs compactos estão entre os mais vendidos no mercado brasileiro. Nesse cenário, um nome de peso como o da Alfa Romeo poderia chamar atenção, desde que não chegue com preço proibitivo.
Por outro lado, a situação também levanta dúvidas. O Junior utiliza a mesma plataforma CMP do Jeep Avenger, que estreia em breve, além de disputar espaço com o Fiat Pulse. Colocar três modelos tão próximos para competir não parece a decisão mais lógica para o grupo.
Dimensões e mecânica
O Alfa Romeo Junior tem 4,17 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,50 m de altura e 2,56 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda 415 litros, oferecendo bom espaço para a categoria.
Na Europa, o modelo conta com versões 100% elétricas, de 156 cv ou 240 cv. Há também a opção híbrida leve, que combina o motor 1.2 turbo a gasolina a um sistema de 48V, resultando em 136 cv. Diferente de seus “primos” de plataforma, o Junior aposta em acabamento mais sofisticado e em um perfil esportivo.
Registro no INPI é garantia de lançamento?
Aqui está o ponto delicado. O registro de um carro no INPI não confirma sua chegada ao Brasil. Esse processo serve apenas para proteger o desenho industrial e evitar cópias. Portanto, ainda não há certeza sobre o futuro do Junior no mercado brasileiro.
Mesmo assim, a decisão de registrar o SUV mostra que a Stellantis avalia essa possibilidade. Se a marca apostar nessa estratégia, o Junior pode se posicionar como SUV premium compacto de apelo esportivo, disputando espaço em um nicho que cresce ano após ano.
O Alfa Romeo Junior reacende a discussão sobre o retorno da marca italiana após quase 20 anos de ausência. Ainda não há confirmação oficial, mas o registro no INPI alimenta a expectativa. Caso chegue ao país, o modelo pode ser uma alternativa diferenciada frente a rivais como Volkswagen T-Cross, Renault Kardian e até SUVs premium de entrada. Por enquanto, resta apenas aguardar os próximos movimentos da Stellantis.