O Ford Everest, SUV derivado da Ranger, acaba de dar um passo importante fora do Brasil. A linha 2026 passou a contar com um novo motor 2.7 V6 biturbo a gasolina em mercados do Oriente Médio e Norte da África. A novidade reacende uma velha pergunta entre os entusiastas de SUVs grandes: será que agora vai?

Ford Everest com V6 2.7 biturbo: o mais potente da história
O novo propulsor EcoBoost 2.7 V6 biturbo entrega cerca de 355 cv e 500 Nm de torque, sempre combinado ao câmbio automático de 10 marchas. Trata-se do Everest mais potente já produzido até hoje.
Essa configuração estreia principalmente na versão Tremor, focada no uso off-road. Ela adiciona suspensão Bilstein, pneus todo-terreno e ajustes específicos de chassi. Na prática, o SUV fica muito próximo do conceito de uma “Ranger Raptor em formato SUV”, embora com proposta própria.
Mesmo assim, ele ainda fica abaixo da Ranger Raptor em números. A picape usa o V6 3.0 biturbo de 392 cv, mantendo o posto de modelo mais extremo da família.
Desempenho elevado, mas com foco no off-road
Além do ganho claro de potência, o Everest V6 se posiciona como uma alternativa mais esportiva dentro da linha Ranger. Ele mantém o chassi sobre longarinas, tração preparada para terrenos difíceis e capacidade para até sete ocupantes.
O interior segue a proposta já conhecida do modelo, com bom nível de conforto, tecnologia embarcada atualizada e foco em versatilidade para uso familiar e fora de estrada.
Esse conjunto reforça o papel do Everest como um SUV robusto, voltado para quem busca desempenho sem abrir mão de espaço e capacidade off-road.
E o Ford Everest no Brasil?
Por enquanto, a versão V6 2.7 biturbo está restrita ao Oriente Médio. Não há confirmação oficial de chegada a mercados como Austrália, Estados Unidos ou América do Sul.
Vale lembrar que o Everest nunca foi lançado oficialmente no Brasil, apesar de já ser vendido em países vizinhos. Na América do Sul, o modelo é oferecido apenas com o motor 2.3 turbo a gasolina, de 300 cv e 45 kgfm.
Esse ponto pesa contra uma possível vinda ao país.
Motor a gasolina é o principal obstáculo
No Brasil, SUVs grandes com chassi sobre longarinas são fortemente associados a motores turbodiesel. Modelos como Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer consolidaram essa preferência, principalmente por conta de consumo, torque em baixa rotação e robustez em uso severo.
Um SUV desse porte movido apenas a gasolina foge do padrão esperado pelo consumidor brasileiro. Por isso, a ausência de uma opção diesel é vista como um dos maiores entraves para a chegada do Everest por aqui.
Expectativa segue viva, mas sem confirmação
Mesmo sem anúncios oficiais, o cenário desperta curiosidade. A Ford Ranger já está consolidada no Brasil, e a ampliação da gama mecânica do Everest no exterior mostra que a marca segue investindo no modelo como peça estratégica global.
Caso a Ford decida avaliar o mercado brasileiro com uma versão diesel alinhada ao gosto local, o Everest poderia finalmente ganhar espaço por aqui.
Por ora, a chegada do SUV segue apenas no campo da expectativa. Ainda assim, a evolução do modelo lá fora mantém o Brasil no radar para um possível próximo passo da Ford.