A Volkswagen apresentou oficialmente o Passat ePro, nova geração do sedã médio com tecnologia híbrida plug-in. O modelo foi revelado no Salão do Automóvel de Guangzhou e já teve o início das vendas confirmado para o mercado chinês a partir de 2026. A novidade nasce da parceria entre a marca alemã e a chinesa SAIC e, desde já, levanta uma dúvida natural. Ele pode chegar ao Brasil no futuro?
O que muda no novo Passat ePro
O sedã estreia uma configuração inédita dentro da família Passat, apostando em eletrificação e maior eficiência. A proposta é clara. Entregar conforto, autonomia elevada e consumo reduzido, tudo isso com um conjunto mecânico mais moderno.
Debaixo do capô, o modelo utiliza o motor 1.5 TSI EVO II, da família EA211, desenvolvido especialmente para aplicações híbridas. Ele entrega 129 cv e trabalha em conjunto com um motor elétrico de 197 cv, resultando em 218 cv de potência combinada.
Esse conjunto coloca o sedã em um patamar interessante de desempenho, ao mesmo tempo em que prioriza eficiência energética, algo cada vez mais valorizado em mercados globais.
Autonomia elétrica e total impressionam
Um dos grandes destaques do novo híbrido está na bateria. O sistema de alta tensão tem 22 kWh de capacidade, suficiente para rodar mais de 150 km em modo totalmente elétrico, segundo o ciclo chinês CLTC.
Além disso, quando somada a autonomia do motor a combustão, o alcance total declarado chega a 1.300 km, número que chama atenção mesmo considerando diferenças entre ciclos de medição. Ainda assim, o resultado reforça o foco do projeto em longas viagens com menos paradas.
Design moderno e porte avantajado
Visualmente, o sedã segue a nova identidade global da Volkswagen. A dianteira traz faróis de LED chamados de Tech Smart Eye, uma faixa iluminada que conecta os dois lados e o logotipo iluminado no centro.
O porte também cresceu. São 5.017 mm de comprimento, 1.850 mm de largura, 1.489 mm de altura e 2.871 mm de entre-eixos, garantindo presença marcante e bom espaço interno. A traseira adota linhas horizontais e lanternas de LED interligadas, reforçando a sensação de largura.
No interior, o sedã possui central multimídia de 12,9 polegadas, painel de instrumentos digital de 10,3 polegadas e uma tela exclusiva para o passageiro dianteiro, seguindo a tendência de múltiplos displays.
Tecnologia e foco em conforto
Além das telas, o modelo aposta em uma cabine mais sofisticada, com layout limpo e foco em conectividade. A proposta é oferecer uma experiência próxima à de veículos premium, algo que faz sentido dentro do posicionamento do carro no mercado chinês.
Embora a marca ainda não tenha detalhado todos os recursos de assistência à condução, é esperado um pacote completo de tecnologias semiautônomas, como controle adaptativo de velocidade e assistentes de permanência em faixa.
E o Brasil, fica como?
Por enquanto, a Volkswagen não confirma a chegada do híbrido ao mercado brasileiro. A marca também não divulgou preços nem uma data exata de lançamento, nem mesmo na China.
Ainda assim, a presença crescente de modelos híbridos no Brasil e o histórico do Passat por aqui mantêm a expectativa viva. Caso desembarque no país, ele chegaria como uma opção mais sofisticada e eficiente entre os sedãs médios, atendendo um público que busca eletrificação sem abrir mão de autonomia.
Indestrutível?
Não no sentido literal, claro. Mas o conjunto técnico, a autonomia elevada e a evolução em design e tecnologia mostram que o projeto foi pensado para durar e se manter relevante por muitos anos. Resta saber se o mercado brasileiro fará parte desse plano.
Por enquanto, o novo híbrido segue como uma aposta estratégica da Volkswagen na China, enquanto o público daqui observa de longe e aguarda os próximos capítulos.
