A Stellantis já deixou claro que vai acelerar forte na eletrificação a partir de 2026. Dentro desse plano, o sistema Bio Hybrid MHEV de 48 volts ganha papel central, principalmente nos modelos mais vendidos do grupo na América Latina. Entre eles, a picape média que virou referência no Brasil aparece como uma das apostas mais importantes para essa nova fase.
Eletrificação mais robusta a partir de 2026
Segundo o próprio Herlander Zola, presidente da Stellantis para a América Latina, o MHEV de 48 volts será a base da modernização da gama. Esse sistema é mais avançado do que o híbrido leve de 12 volts já conhecido, pois trabalha com motor elétrico adicional e bateria de maior capacidade.
Na prática, isso significa uma ajuda mais efetiva ao motor a combustão em acelerações, retomadas e até em trechos urbanos. A expectativa é de uma redução de consumo na casa dos 15%, um número bastante relevante para o segmento.
A previsão é que, já em 2026, Jeep Renegade, Compass, Commander e também a picape da Fiat recebam essa tecnologia, preparando o terreno para a linha 2027.
Como funciona o sistema híbrido de 48 volts
O conjunto Bio Hybrid MHEV 48V é formado por dois motores elétricos. O primeiro substitui o alternador e o motor de partida, garantindo partidas mais suaves e recuperação de energia. O segundo, mais potente, fica acoplado à transmissão automática.
Esse motor elétrico adicional entrega 28 cv e 5,6 kgfm, atuando em conjunto com o já conhecido 1.3 Turbo, que atualmente gera 176 cv e 27,5 kgfm. O resultado esperado é mais eficiência sem abrir mão do desempenho que já agrada.
Além disso, o sistema permite desligar o motor a combustão em algumas situações, como desacelerações e tráfego lento, ajudando diretamente no consumo.
Quais versões devem receber o sistema híbrido
De acordo com informações do site Autos Segredos, três versões contarão com o MHEV 48V. São elas Freedom, Volcano e Ultra. A configuração de entrada, Endurance, seguirá equipada apenas com o motor 1.3 Turbo a combustão.
Essas versões híbridas devem adotar a denominação T270 Hybrid, seguindo a estratégia já usada em outros modelos da marca com tecnologia eletrificada.
E o câmbio, fica como
Inicialmente, havia a possibilidade de combinar o sistema híbrido de 48 volts com a transmissão e-DCT de sete marchas e dupla embreagem. No entanto, por questões de custo, a escolha final deve ser o câmbio automático de seis marchas, já bem conhecido no mercado.
Mesmo sendo uma solução eficiente e confiável, é fato que o e-DCT entregaria respostas mais rápidas ao torque do motor elétrico e ainda teria a vantagem de ser mais leve. Ainda assim, a transmissão atual deve garantir conforto e bom aproveitamento do conjunto.
A chegada do sistema híbrido leve de 48 volts representa um passo importante para a linha 2027, trazendo mais eficiência, menor consumo e tecnologia atualizada, sem mudanças drásticas no uso do dia a dia. Com previsão de economia de até 15%, a proposta conversa bem com quem busca reduzir gastos sem abrir mão de desempenho e versatilidade.
Agora, resta aguardar os anúncios oficiais da Stellantis para confirmar datas, preços e detalhes finais, mas tudo indica que a eletrificação veio para ficar no segmento de picapes médias no Brasil.
