A descoberta de um Fusca Itamar 1996 com apenas 1.700 km rodados tem encantado os apaixonados por carros clássicos. Este achado, apresentado pelo famoso Caçador de Raridades Automotivas, Reginaldo de Campinas, oferece uma viagem nostálgica à década de 90, uma era marcante para a indústria automotiva brasileira.
A Era do Carro Popular
Nos anos 90, o Brasil vivia uma revolução na indústria automobilística com a criação do “carro popular”. Esta iniciativa visava oferecer veículos acessíveis à população, impulsionando as vendas e democratizando o acesso ao automóvel. Um marco significativo desta época foi o relançamento do Volkswagen Fusca, um verdadeiro ícone da cultura automotiva brasileira.
Em agosto de 1993, o então presidente Itamar Franco reinaugurou a linha de montagem do Fusca na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Nascia assim o lendário Fusca Itamar, uma versão que trazia modernizações mas mantinha a essência que sempre conquistou os brasileiros.
A Redescoberta do Fusca Itamar 1996
Esta semana, Reginaldo de Campinas surpreendeu a todos com a apresentação de um raro Fusca Itamar 1996 que rodou apenas 1.700 km em 28 anos. Entretanto, o veículo, praticamente intacto, preserva sua imponência com a belíssima cor azul, brilhando como nos seus primeiros dias.
Este exemplar parece ter saído diretamente de uma cápsula do tempo, oferecendo uma condição quase de zero quilômetro, algo raro e extremamente valorizado no mercado de carros antigos.
Desempenho e Potência
O Fusca Itamar 1996 não era apenas um carro bonito; ele também possuía características técnicas respeitáveis para sua época. Equipado com um motor de 1600 cc, ele produzia 58,7 cavalos de potência. Apesar de não ser um carro de alto desempenho, seu charme residia na simplicidade e robustez. Ele acelerava de 0 a 100 km/h em 14,3 segundos, e sua velocidade máxima era de 140 km/h.
Características Técnicas
O Fusca Itamar de 1996 possui uma embreagem monodisco a seco e um câmbio manual com quatro marchas, com tração traseira. Seu motor utiliza um carburador para alimentação e é naturalmente aspirado, com uma cilindrada de 1584 cm³ e quatro cilindros opostos horizontalmente. Além disso, o motor, do tipo VW Boxer, possui comando de válvulas no bloco e acionamento por engrenagens.
O curso do pistão é de 69 mm e o diâmetro do cilindro é de 85,5 mm. Instalado longitudinalmente na traseira do veículo, oferece uma potência máxima de 58,7 cv a 4300 rpm e um torque máximo de 11,9 kgfm a 2800 rpm, com uma razão de compressão de 11:1. Ele mede 1500 mm de altura, 4050 mm de comprimento e 1540 mm de largura, com uma distância entre-eixos de 2400 mm. Ademais, ele pesa 796 kg, possui um porta-malas com capacidade de 141 litros e um tanque de combustível que comporta 41 litros. O vão livre do solo é de 150 mm.
Os pneus dianteiros e traseiros são do tipo 165/80 R15, com uma altura do flanco de 132 mm. A área frontal do veículo é de 1,96 m², enquanto a área frontal corrigida é de 0,941 m². O coeficiente de arrasto (Cx) é de 0,48.
A direção não é assistida e o diâmetro mínimo de giro é de 11,2 metros. Os freios dianteiros são de disco sólido e os traseiros são de tambor. Assim, autonomia do veículo é de 398 km em rodovias e 344 km em áreas urbanas, com um consumo de combustível de 9,7 km/l na rodovia e 8,4 km/l na cidade.
Conclusão
A redescoberta deste Fusca Itamar 1996 é um testemunho da durabilidade e do impacto cultural do Fusca no Brasil. Preservado com tanto cuidado, ele representa não só uma era de transformação na indústria automotiva brasileira, mas também a paixão de gerações pelo emblemático carro da VW. Para colecionadores e admiradores, encontrar um carro nessas condições é como encontrar um tesouro, uma verdadeira joia da história automobilística.
Assim, o Fusca Itamar continua a brilhar, não apenas pelo seu design, mas também por ser um símbolo de um período importante na história do Brasil, relembrando a todos nós o poder da nostalgia e da preservação histórica.
Comandos de válvulas nos cabeçotes, acionamento por varetas, dupla carburação.